7 Coisas que Aprendi com o Doutorado Sanduíche nos Estados Unidos

Já comentei aqui quando comecei o doutorado sanduíche nos EUA e expliquei como surgiu a oportunidade e o que precisei fazer antes de embarcar. Vale a pena ler se está pensando em passar pela mesma experiência!

Gostaria de deixar registrado também algumas coisas que aprendi com essa experiência que recomendo a todos que tiverem oportunidade! Espero que possa ser um incentivo para quem está pensando em começar e também um momento de boas lembranças para quem passou por algo semelhante!

7 coisas que aprendi com o doutorado sanduíche:

1 – A melhor forma de entender algo é explicando pra alguém

Desde que cheguei ao laboratório assisti a diversas palestras, pelo menos uma por semana. Por lá os pesquisadores e estudantes são incentivados a apresentar seu trabalho com certa frequência. Em todas as palestras percebi a intensa interação entre o grupo e como surgiam novas ideias e críticas importantes ao trabalho.

Todas as vezes em que eu tive que apresentar meu trabalho (3 vezes em 9 meses) eu percebi o quanto ter que falar sobre meu problema e como estou resolvendo me ajudou a entender melhor o que eu estava fazendo e onde poderia chegar.

2 – Pesquisadores conhecidos podem ser mais acessíveis do que parece

Uma das coisas que me impressionou quando cheguei foi a facilidade que encontrei pra conversar com meu mentor. Ele estava sempre com a porta da sala aberta.

Durante minha estadia, o grupo recebeu uma série de pesquisadores visitantes de várias partes do mundo com quem possuem algum tipo de colaboração. Todos apresentaram seus trabalhos e estavam disponíveis para conversar e ajudar.

3 – Colaboração é a palavra-chave

Semelhante ao item anterior percebi que manter uma rede de colaboração é essencial no universo de pesquisa. Acredito que seja verdade para todas as áreas. E entendi que principalmente para alguém que espera continuar pesquisando numa área interdisciplinar é preciso estender a rede de contatos e colaborações.

Várias oportunidades de pesquisa e publicações, tão valorizados na área acadêmica, surgem de colaborações com pesquisadores e institutos diversos. Cada pessoa/grupo tem algo diferente a oferecer e a colaboração torna os trabalhos mais ricos ao permitir diversas formas de se resolver um determinado problema.

4 – Não ter medo de pedir ajuda

Logo que cheguei não tive muito tempo para entender o problema que estaria trabalhando e já fui logo tendo que começar a resolver. Após um mês ainda não tinha nada de concreto e meu mentor lá fora começou a se preocupar. Claro que bateu logo uma insegurança quando comecei a me deparar com possíveis erros de implementação. Mais tarde descobri que não estava cometendo nenhum erro mas havia um problema na definição do modelo que estávamos desenvolvendo.

Bom, só foi possível descobrir qual era o verdadeiro problema quando pedimos ajuda. Um dos pesquisadores visitantes era especialista em implementação de soluções de problemas do tipo que eu precisava resolver e me ajudou imensamente! Pudemos fazer os ajustes necessários para corrigir o real problema. Pedir ajuda pode ser a solução!

5 – Trabalhar é importante e se divertir também

Quando entrei no doutorado resolvi que continuaria fazendo sempre o melhor que pudesse mas, com a condição de ter tempo pros meus hobbies também! E quando comecei o sanduíche constatei que fora do Brasil é mais do que normal e esperado que se tenha tempo livre! As pessoas estão sempre conversando sobre seus hobbies e como foi a caminhada ou a viagem ou o show ou qualquer coisa que tenham feito à noite ou no fim de semana.

Durante o expediente todos são super focados e trabalham bastante buscando sempre a melhor solução para os problemas. Mas deixam o trabalho no local de trabalho! Claro que época de deadline é igual em todo lugar…

6 – Ambiente de trabalho pode fazer diferença

Tive a oportunidade de ter uma mesa em uma sala compartilhada que era meu local preferido no lab por ser em um centro de estudos que agrega estudantes e profissionais de áreas diversas com palestras e eventos frequentes.  Durante o verão principalmente quando o laboratório recebe estudantes de toda parte do mundo e pude fazer novas amizades e possíveis futuras colaborações.

Tive contato com pessoas motivadas que realmente amam o que fazem o que é uma grande inspiração!

Devemos buscar sempre essa motivação e ser essa pessoa que contagia os outros! Momento #FicaADica #SejaAMudançaQueQuerVerNoMundo do texto…

7 – Ter metas claras

Isso vale pra qualquer coisa na vida! É essencial saber onde quer chegar e o que quer alcançar.

No caso do doutorado sanduíche ter metas me ajudou bastante a lidar com a distância da família e dos amigos. Só precisava focar no próximo prazo e seguir em frente.

Quando percebi a próxima meta já era voltar pra casa e defender a tese! Como passou rápido!!!

Extra:

Estando fora pude valorizar as boas práticas do meu programa de pós-graduação no Brazil! Mesmo estando longe dos maiores centros de pesquisa mundiais, o programa sempre investe em colaboração com pesquisadores de outros programas no Brasil e no exterior. Se preocupam em oferecer todos os recursos que sejam necessários às pesquisas realizadas para que os alunos em formação tenham as melhores oportunidades. Como ex-aluna só tenho a agradecer!

Concorda com os pontos? Deixe um comentário! Vou adorar ler sobre outras experiências também!

Espero que esse post tenha sido útil!

Muito obrigada!

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